sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Crianças que levam palmadas ficam menos inteligentes



      Através de umas boas palmadas, as malcriações de uma criança podem encerrar rapidamente. Então o sossego retorna, pelo menos até que seja necessária uma próxima surra. As palmadas são meios imediatistas de corrigir o (mau) comportamento infantil. Os tapinhas são populares porque aparentemente não causam sequelas. Isso pode ser verdadeiro em relação às sequelas físicas, mas e quando o assunto são sequelas mentais?

      Os pais que desejam que seus filhos sejam adultos inteligentes deveriam prestar atenção à regularidade com que administram as palmadas. Uma pesquisa revela que estas agressões físicas leves podem causar mais do que apenas lágrimas. Crianças que levam palmadas pelo menos 3 vezes por semana podem ter seu QI diminuído devido às estresse psicológico.
     O professor de sociologia Murray Straus estudou o impacto das palmadas ao longo de 40 anos e concluiu que a punição corporal pode ocasionar estresse pós-traumático nas crianças, afetando seu desenvolvimento mental. Os resultados servem como alerta para a necessidade de se dar maior atenção ao bem-estar das crianças de todo o mundo.
      Após estudar durante 4 anos 800 crianças que tinham entre 2 e 4 anos de idade, Straus descobriu que as crianças que recebiam palmadas apresentavam um QI em média 5 pontos abaixo daquelas que não eram disciplinadas fisicamente. Já as crianças com idade entre 5 e 9 anos que apanhavam regularmente apresentaram quase 3 pontos de diferença. A punição física constante faz as crianças viverem com medo e estressadas, fatores associados ao fraco desempenho acadêmico.
     A maioria dos especialistas e os resultados de outras pesquisas dão sustentação à ideia de que os pais que recorrem a palmadas evetuais não devem ficar preocupados com danos aos seus filhos. O problema está na regularidade da punição física, que pode influenciar negativamente o comportamento dos filhos e seu desempenho intelectual.